sexta-feira, 2 de julho de 2010

Estudo de Campo para Ibiúna realizado 26 de junho

Como forma de consolidar os conceitos trabalhados sobre o tema: Modos de Produção Agrícola com os professores e funcionários participantes do Programa rede Escolas Ecológicas, no dia 26 de junho, o IPESA -Instituto de Projetos e Pesquisas Socioambientais, promoveu um Estudo de Campo para Ibiúna – bairro do Verava – pólo de agricultura orgânica na região.

Com cerca de 70 participantes divididos entre a equipe pedagógica, funcionários, pais e crianças, o estudo de campo para Ibiúna, foi um momento especialmente rico em troca de experiências e informações sobre diversas práticas ambientais.

Começamos a nossa visita na propriedade do SrºJoão Dias, o pioneiro em produção de alimentos orgânicos no bairro. Todos os participantes tiveram um verdadeiro relato de história de vida e por qual motivo estes agricultores escolheram trocar o sistema de plantio convencional pelo sistema orgânico.













Todos sabem sobre os males que os pesticidas e agrotóxicos realizam sobre quem consome estes alimentos, mas pouco se diz sobre os males que estes produtos fazem sobre o meio ambiente e sobre quem produz”. (Ivan Dias- agricultor , filho do Srº João Dias).










Srº João Dias ( á direita) um dos primeiros agricultores no bairro do Verava, a modificar o seu modo de produção para a agricultura orgânica e Alexandre do projeto CEDRUS.

Além de uma aula sobre as técnicas utilizadas no plantio orgânico, como: a produção de mudas, utilização de estufas, a utilização de cobertura vegetal, adubação verde, biofertilizantes (seu preparo e utilização), como combater pragas sem a utilização de inseticidas, a preservação dos recursos naturais (sistema de gotejamento) e as novas técnicas de plantio como as SAFs- Sistemas Agroflorestais.

Após a visita ao plantio foi realizada uma feira, onde todos os participantes compraram produtos fresquinhos e o mais importante sem a utilização de agrotóxicos ou implementos químicos.




Hora de continuar: seguimos no estudo de campo por uma trilha dentro do sítio do Sr. João Dias para a Fazenda Morros Verdes e SPAventura, onde é realizado o Projeto CEDRUS – Cooperação Educacional para o Desenvolvimento Rural Sustentável.



O CEDRUS é um projeto que propõem a experimentação, em áreas demonstrativas, de modelos agroecológicos voltados à recuperação de áreas degradadas, em especial nascentes, matas ciliares e áreas afetadas por processos erosivos.





Na trilha os professores verificaram a recuperação de uma dessas áreas, onde tiveram algumas explicações do coordenador do Programa CEDRUS – Alexandre Haberkorn e da Coordenadora do Programa Escolas Ecológicas - Paola Samora, sobre a recuperação das áreas de nascentes e matas ciliares degradadas ao longo dos anos pelo pisoteio da criação de gado.




























Ao chegarmos à sede da fazenda Morros Verdes encontrava-se uma deliciosa supresa uma feijoada a espera dos participantes do Programa Escolas Ecológicas, pois como diz o ditado “saco vazio não para em pé”!!

Aproveitando a oportunidade: Muito obrigado às meninas da Fazenda Morros Verdes, tudo estava realmente uma delícia!!!!!!


Terminado o almoço e dado o tempo para recompor-se foi iniciada a segunda parte da programação do dia: “Permacultura: um resgate para soluções dos problemas atuais”, foi trabalhado os conceitos da Permacultura (cultura permanente) e a observação dos desenhos produzidos pela natureza e a reprodução destes no nosso dia-a-dia.



























O Objetivo desta oficina era que os participantes visualizassem na prática a aplicabilidade dos conceitos ambientais no projeto das hortas escolares e a transdiciplinariedade existente no projeto.






Em um segundo momento da oficina os participantes inclusive as crianças colocaram a “mão na massa”, ou seja, a “mão na terra” e construíram hortas mandalas e uma espiral de ervas.

Com a participação da Fitoterapeuta Luciana Nogueira, sobre a construção da horta mandala e da espiral de ervas e suas utilizações medicinais.






Esse momento realizou-se a trocas de conhecimento e informações, onde todos colocaram os seus saberes tradicionais sobre a utilização de tais ervas.





A explicação sobre algumas estruturas ambientais como o Banheiro seco e o Círculo de bananeiras foi um momento de muita curiosidade e muito extrovertido.





Terminamos com um delicioso chá produzido com ervas das quais plantamos na espiral de ervas.
Após as devidas despedidas partimos. Mas com a esperança de um novo olhar, com um novo desejo e com a crença que o aprendizado e a produção destes novos saberes só é possível com o espírito de coletividade e que a educação se dá por educar o próprio espírito, a própria alma, que a compreensão do outro sobre o seu modo de vida, sua cultura é vital para compreender a mim mesmo, que a procura incessante por novos conceitos, é o que produz realmente uma mudança de hábitos e costumes , surgindo um novo ser, responsável por si, por suas atitude , pelo outro e pelo meio em que vive.

Gerando assim uma verdadeira “cultura de sustentabilidade”.