quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Horta escolar melhora o desenvolvimento das crianças, constata estudo




Uma pesquisa desenvolvida pela Royal Horticultural Society com o apoio da National Foundation for Educational Research (NFER) revelou que crianças que tem contato com hortas nas escolas alcançam um melhor desempenho acadêmico, físico e social em comparação com alunos que não ter acesso a esses ambientes.

Segundo o estudo, essas crianças ainda apresentam maior facilidade durante a alfabetização e se tornam mais preparadas para os desafios da vida adulta.

Para chegar ao resultado, o grupo entrevistou mais de 1.300 professores de 10 escolas diferentes. “O objetivo primordial da pesquisa é traçar o perfil das hortas como um recurso natural, sustentável e que tem a capacidade de ofertar benefícios curricular, social e emocional aos alunos”, diz o texto introdutório do estudo.

Entre os resultados mais significativos citados pelo artigo estão:

• Maior conhecimento e compreensão científica;
• Literacia e numeracia reforçadas, incluindo a utilização de um vocabulário mais amplo e maior habilidades orais;
• Aumento da sensibilização sobre as estações do ano e da compreensão do processo de produção de alimentos;
• Aumento da confiança, da resiliência e da auto-estima;
• Desenvolvimento de habilidades físicas, incluindo habilidades motoras de alta complexidade;
• Desenvolvimento de senso de responsabilidade;
• Desenvolvimento de uma atitude positiva sobre escolhas alimentares saudáveis;
• Desenvolvimento de comportamento positivo;
• Melhorias no bem-estar emocional.

A pesquisa revelou ainda que os benefícios das hortas não se limitou aos alunos. Professores, assistentes, reitores e demais membros da comunidade escolar também sentiram mudanças positivas após a implantação dos espaços.


segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Relato das atividades realizadas na CE Perseverança V - 02 / agosto / 2010

Relatório de Encontros com o IPESA 2010


Entre morros, ruas, concretos, casas de vários tipos, encontramos aqui na creche Perseverança V, um espaço verde tão almejado por tantos. E é aqui entre árvores, pássaros e crianças que o IPESA nos proporcionou a possibilidade do encontro de pessoas dispostas a aprender, acrescentar e multiplicar conhecimentos na tentativa de mudarmos nossos atos em relação à natureza e a humanidade.
E como estamos tentando fazer isso?
É ai que percebemos a importância de pessoas capacitadas e interessadas na mudança de ações que protegem o meio ambiente, ações essas que devem estar no nosso dia a dia e que com muita disposição e ajuda, estamos implantando aqui na creche. Um exemplo disso é a nossa horta que no ano passado começou um tanto tímida, e hoje já está maior e com muitas mãos e mãozinhas a “cativa-lá”.
Pensando nessas transformações, é que escolhemos quatro encontros da nossa parada pedagógica onde todos os funcionários (cozinha e limpeza), ADIs, professores,pais, assim como a comunidade e a escola convidada E.M Hadock Lobo, que não possui espaço para o cultivo de horta, a fazerem trocas de experiências e participarem do nosso belo projeto; Projeto que na verdade já flui para outros desafios, como um terrário, composteira e minhocário, que estão sendo elaborados através de pesquisas viabilizando assim o envolvimento das crianças, contemplando-as com a interdisciplinaridade e a possibilidade de enriquecer sua vida escolar e social, pois assim se tornarão multiplicadores de vivencias pensando em um possível futuro melhor.
E um pouco deste futuro já foi vivenciado no estudo de campo em Ibiúna como relata a professora Vanessa “Na caminhada pelo meio da mata fechada, alguns buracos e tropeções, fizeram parte do caminho, que foi super agradável com uma vista maravilhosa desenhada por Deus”.

Já a professora Leandra nos conta que: “nesse estudo de campo, podemos então compreender a importância de se preservar os recursos que a natureza oferece”.
E a nossa técnica de enfermagem Maria Aparecida nos diz que “Toda esta vivencia a fez ter a percepção de que podemos ser extraordinários vivendo em um universo divino”.

A professora Fabiola nos diz que: “O conhecimento adquirido foi grande, mudou bastante a minha visão e preocupação com os alimentos e toda importância das mudanças que precisamos acreditar e possibilitar”.

E assim podemos observar o quanto é importante o envolvimento de todos para que se adotem práticas ambientais conscientes e responsáveis, a fim de diminuirmos ao menos um pouco o sofrimento de um planeta cansado e saturado de tanto retirarmos suas riquezas que nos alimentam e nos tornam prósperos sem nos pedir muito em troca.


Abraços, Perseverança V.

Aprendendo cada vez mais... (Por EM Ildefonço) - 02 / agosto / 2010

Aprendendo cada vez mais... Relato da Equipe da EM Ildefonço Emiliano de Brito

“Através do Estudo de Campo tivemos a oportunidade de assimilar muitos conceitos ambientais que outrora não sabíamos ou só ouvíamos falar.
Perceber o quanto é importante consumir produtos orgânicos apesar de o custo ser maior, há um aumento da qualidade de vida das pessoas, pois não são usados agrotóxicos, além da diferença no sabor que é incomparável.
No mundo onde tudo gira em torno da tecnologia, na Fazenda Morros Verdes, tudo é produzido “artesanalmente” sem muito maquinário, utilizando recursos da própria natureza, como o processo de adubação verde, o banheiro seco que tem por finalidade não contaminar o solo e usar os resíduos na compostagem. Sem contar, que foi utilizado por professores da escola que relataram que não tinha odor nenhum, (aliás, era muito limpo) e a descarga era feita com uma jarrinha (medida) de serragem.
Através da Permacultura percebemos como criar meios sustentáveis de preservar a natureza, como por exemplo, a Palmeira que ao invés de cortar a árvore para retirar o palmito, deixa–a no mesmo lugar e só colhe os frutos – a Jussara que é utilizada na culinária para fazer sucos, bolos, diversos pratos além de ter vários nutrientes.
Após recebermos informações sobre como fazer uma horta Mandala, fizemos isso na prática, plantamos alguns tipos de ervas medicinais, num pequeno espaço, mostrando assim que não precisamos de grandes extensões de solo para o plantio, reaproveitamos o capim (para a cobertura morta) além de troncos que nos auxiliaram na formação da mandala, soubemos das curiosidades do CHACRAS e suas boas energias para a vitalização das plantas.
Acreditamos que a essência deste estudo que fizemos na Fazenda Morros Verdes está no Modo de Produção Agrícola realizado de maneira simples, mas que nos traz grandes benefícios, mudando nossos hábitos alimentares que podem até nos levar a longevidade com muita saúde!!!”

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Estudo de Campo para Ibiúna realizado 26 de junho

Como forma de consolidar os conceitos trabalhados sobre o tema: Modos de Produção Agrícola com os professores e funcionários participantes do Programa rede Escolas Ecológicas, no dia 26 de junho, o IPESA -Instituto de Projetos e Pesquisas Socioambientais, promoveu um Estudo de Campo para Ibiúna – bairro do Verava – pólo de agricultura orgânica na região.

Com cerca de 70 participantes divididos entre a equipe pedagógica, funcionários, pais e crianças, o estudo de campo para Ibiúna, foi um momento especialmente rico em troca de experiências e informações sobre diversas práticas ambientais.

Começamos a nossa visita na propriedade do SrºJoão Dias, o pioneiro em produção de alimentos orgânicos no bairro. Todos os participantes tiveram um verdadeiro relato de história de vida e por qual motivo estes agricultores escolheram trocar o sistema de plantio convencional pelo sistema orgânico.













Todos sabem sobre os males que os pesticidas e agrotóxicos realizam sobre quem consome estes alimentos, mas pouco se diz sobre os males que estes produtos fazem sobre o meio ambiente e sobre quem produz”. (Ivan Dias- agricultor , filho do Srº João Dias).










Srº João Dias ( á direita) um dos primeiros agricultores no bairro do Verava, a modificar o seu modo de produção para a agricultura orgânica e Alexandre do projeto CEDRUS.

Além de uma aula sobre as técnicas utilizadas no plantio orgânico, como: a produção de mudas, utilização de estufas, a utilização de cobertura vegetal, adubação verde, biofertilizantes (seu preparo e utilização), como combater pragas sem a utilização de inseticidas, a preservação dos recursos naturais (sistema de gotejamento) e as novas técnicas de plantio como as SAFs- Sistemas Agroflorestais.

Após a visita ao plantio foi realizada uma feira, onde todos os participantes compraram produtos fresquinhos e o mais importante sem a utilização de agrotóxicos ou implementos químicos.




Hora de continuar: seguimos no estudo de campo por uma trilha dentro do sítio do Sr. João Dias para a Fazenda Morros Verdes e SPAventura, onde é realizado o Projeto CEDRUS – Cooperação Educacional para o Desenvolvimento Rural Sustentável.



O CEDRUS é um projeto que propõem a experimentação, em áreas demonstrativas, de modelos agroecológicos voltados à recuperação de áreas degradadas, em especial nascentes, matas ciliares e áreas afetadas por processos erosivos.





Na trilha os professores verificaram a recuperação de uma dessas áreas, onde tiveram algumas explicações do coordenador do Programa CEDRUS – Alexandre Haberkorn e da Coordenadora do Programa Escolas Ecológicas - Paola Samora, sobre a recuperação das áreas de nascentes e matas ciliares degradadas ao longo dos anos pelo pisoteio da criação de gado.




























Ao chegarmos à sede da fazenda Morros Verdes encontrava-se uma deliciosa supresa uma feijoada a espera dos participantes do Programa Escolas Ecológicas, pois como diz o ditado “saco vazio não para em pé”!!

Aproveitando a oportunidade: Muito obrigado às meninas da Fazenda Morros Verdes, tudo estava realmente uma delícia!!!!!!


Terminado o almoço e dado o tempo para recompor-se foi iniciada a segunda parte da programação do dia: “Permacultura: um resgate para soluções dos problemas atuais”, foi trabalhado os conceitos da Permacultura (cultura permanente) e a observação dos desenhos produzidos pela natureza e a reprodução destes no nosso dia-a-dia.



























O Objetivo desta oficina era que os participantes visualizassem na prática a aplicabilidade dos conceitos ambientais no projeto das hortas escolares e a transdiciplinariedade existente no projeto.






Em um segundo momento da oficina os participantes inclusive as crianças colocaram a “mão na massa”, ou seja, a “mão na terra” e construíram hortas mandalas e uma espiral de ervas.

Com a participação da Fitoterapeuta Luciana Nogueira, sobre a construção da horta mandala e da espiral de ervas e suas utilizações medicinais.






Esse momento realizou-se a trocas de conhecimento e informações, onde todos colocaram os seus saberes tradicionais sobre a utilização de tais ervas.





A explicação sobre algumas estruturas ambientais como o Banheiro seco e o Círculo de bananeiras foi um momento de muita curiosidade e muito extrovertido.





Terminamos com um delicioso chá produzido com ervas das quais plantamos na espiral de ervas.
Após as devidas despedidas partimos. Mas com a esperança de um novo olhar, com um novo desejo e com a crença que o aprendizado e a produção destes novos saberes só é possível com o espírito de coletividade e que a educação se dá por educar o próprio espírito, a própria alma, que a compreensão do outro sobre o seu modo de vida, sua cultura é vital para compreender a mim mesmo, que a procura incessante por novos conceitos, é o que produz realmente uma mudança de hábitos e costumes , surgindo um novo ser, responsável por si, por suas atitude , pelo outro e pelo meio em que vive.

Gerando assim uma verdadeira “cultura de sustentabilidade”.

























quarta-feira, 31 de março de 2010

Novidades!!!

Em 2010 será trabalhada a formação de educadores para a prática ambiental e iniciada a construção da REDE das Escolas Ecológicas, além do fortalecimento da parceria com a Secretaria Municipal do Meio Ambiente e a Secretaria Municipal de Educação.
Escolas Participantes em Cotia - 2010;
  • EM Ildefonso Emiliano de Brito;
  • CE Tereza Rivera da Silva
  • CE Ana Maria;
  • CE Perseverança V;
  • CE Allan Kardec.

Programa Escolas Ecológicas

O IPESA, em parceria com a Fundação AlphaVille e o Fundo Especial para o Meio Ambiente – FEMA (2009 – 2011), realizam o Programa Escolas Ecológicas, que busca estimular a comunidade escolar a desenvolver projetos ambientais. O programa é realizado desde 2006 e tem experiências de sucesso em escolas dos municípios de Cotia e de São Paulo – Distrito de Parelheiros. O Programa auxilia o corpo docente e discente a identificar dentro da unidade escolar ou no entorno possíveis ações que possam se transformar em boas práticas ambientais e orientar os professores, funcionários e alunos na construção dessas ações e dos conceitos que possam ser aprendidos com cada uma delas. Oferece também suporte técnico para o seu desenvolvimento, bem como auxilia na sensibilização e execução de adequação dessas boas práticas.

No ano de 2010 o Programa Escolas Ecológicas terá como um de seus objetivos a criação da REDE Escolas Ecológicas, parceria possível através do financiamento obtido com a premiação do Programa em 2009 pelo Fundo Itaú de Excelência Social – FIES 2009. Em 2008 o Programa foi finalista e em 2009 foi contemplado com o prêmio, após passar por um processo seletivo onde concorreu com 1.148 propostas que trabalham com educação em todo o Brasil. Em 2007 o Projeto Escolas Ecológicas Cotia já havia sido premiado com o TOP Ambiental da ADVB – Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil.